O Beco

O Beco

domingo, 21 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

Novo site, nova Comunidade.... Para psicólogos

Pessoal... um idéia inovadora acaba de ser lançada (há algum tempo, mas só descobri agora)...
Uma comunidade, um site de relacionamento só para estudantes, amantes ou praticantes da psicologia....
Entrem...
Divulguem...
Vale a pena conferir!!!!

http://psikke.com/

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Beco Existencial: Psicologia Online

Beco Existencial: Psicologia Online: "Tenho pensado muito ultimamente sobre o tema Psicologia Online, Psicoterapia Online... Não sei se esta é uma boa ideia, ou se eu tenho uma t..."

Psicologia Online

Tenho pensado muito ultimamente sobre o tema Psicologia Online, Psicoterapia Online...

Não sei se esta é uma boa ideia, ou se eu tenho uma tal resistência com o assunto, mas me parece complicado...

Já ouvi muitos bons argumentos a respeito:

"Existem pessoas que nunca procurariam o consultório"
"Existem pessoas que não possuem o dinheiro para pagar uma psicoterapia presencial"
"Este tipo de terapia é apenas de apoio"

Bom, eu acredito que se trouxer saúde mental é valido. Fiquei muito tempo imaginando as limitações e vi que são muitas, porém percebi muitas possibilidade de desenvolvimento. Realmente existem pessoas que não querem te um contato mais próximo com terapeutas (daí eu penso se isto não iria aumentar esta resistência), mas hoje em dia estou muito mais preocupado em respeita os clientes e não querer levá-los a lado nenhum (tipo autenticidade). Não quero escolher as suas demanda, somente estar presente para fazer com que as suas gestalts se reorganizem. Gostaria somente de saber se isto é possível na psicoterapia online.

Hoje, e agora, me parece uma boa possibilidade para os psicólogos que encontram dificuldades em montar uma clínica e uma grande possibilidade para clientes atarefados, tímidos, ou com baixa renda...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Videos de Psicologia

Download Vídeo 1 Fritz

Vídeo 2 Glória - Fritz

Vídeo 3 Glória - Rogers

Vídeo 3 Glória - Ellis


ME SIGA NO TWITTER

Psicolivros!!!

Vocês precisam de algum livro de psicologia???

Entrem neste antigo blog que eu reativei recentemente!!!!

Publiquem no Twitter e no Facebook pessoal!!!!

http://psico-livros.blogspot.com/

ME SIGA NO TWITTER

Obrigado!!!

Resistência


Eu sei que este assunto já é batido, principalmente aqui, mas eu não posso deixar abordá-lo. Ontem me deparei com mais uma situação de psicólogos impossibilitados de trabalhar por causa da resistência!

Porque certos psicólogos encontram tanta resistência em seu trabalho clínico?
Porque os pacientes resistentes parecem perseguir alguns psicólogos?

A professora Denise Amorelli, supervisora do estágio de clinica existencial tinha uma teoria a respeito disso. Ela dizia que nós iriamos nos deparar com característica de pacientes as quais não queríamos. Então, se você não quer pacientes resistentes, é isso que terá (desculpe se interpretei errôneamente Denise, mas foi o que entendi).
Eu tenho a minha própria teoria. Quanto mais teoriaza-se sobre o paciente mais resitente ele fica. Quanto mais nós tentamos entender o paciente por meio de teorias mais ele fica resistente. Quanto mais mostramos para ele que temos uma teoria ou uma hipótese sobre o que ele está dizendo mais ele fica resistente.
Nesta minha “teoria” (hahah) se enquandra as seguintes intervenções:
- Como você se relaciona com a sua família? (psi)
- Me relaciono bem! (cliente)
- Com todos? (psi)
- Sim. (cliente)
- Você não acha isso meio estranho. Você está passando por tantos problemas e mesmo assim diz que está tudo bem! (psi)

Esta é uma das piores intervenções que eu já vi, e é frequente viu (e foi real)! Existem muitos analistas que acreditam que sua principal arma é a irionia (e digo arma pq me parece que estes estão atacando os clientes).
 Outra forma ruim é esta:
- Por favor doutor, me responda, porque você acha que isto ocorre comigo?
- Bom, me parece que você quer que eu responda esta pergunta!
                                                               Ou
- Você está me perguntando o porque isto ocorre com você!
                                                               Ou
- Você quer que eu responda a sua pergunta, mas será que você já não sabe a resposta?

Todas estas intervenções (e existem muitas mais) são extremamente desrespeitosas com os sentimentos e constatações do cliente. Se ele não te disse a verdade é porque não está pronto para fazê-lo, ou ainda não confia em você.
Então, por favor, não boicotem o tratamento, não analisem o seu paciente com base em teorias, tente apenas entende-los e dar condição para se abrirem com você!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

HUMANISMO COGNITIVO

PSICOTERAPIA COGNITIVA-HUMANISTA




Esta forma de abordagem prioriza o resultado rápido e eficaz.

Todo individuo ao não entender (aprender, apreender) algo tenta se desligar deste algo. A informação é colocada de lado e desacretitada. É como a criança que não consegue aprender matemática, ela apenas deixa de tentar e diz para todos que não gosta daquilo. Chamamos isto em psicoterapia de resitência.

Este tipo de ocorrência também é comum na vida cotidiana de todos nós. Porém, quando o fato a não ser entendido ou apreendido é relativo à nossa vida ou nossa psique, isto se torna um grande problema. Qualquer fenômeno psiquico não entendido causa uma cisão no ego. Freud descreveu um pouco disso falando sobre o recalque, ele somente não atentou para o fato de que quando afastamos algum fenomeno psiquico da cs (ego) estamos naturalmente afastando um pedaço de nosso ego para o ics.

Este processo é idêntico ao da criança que não quer mais estudar matemática, quando ela não entende o conteúdo ela o rechaça. Nós fazemos isso, mas o conteúdo somos nós mesmos, ou pelo menos a nossa parcela cs. Este processo tira a libido do ego e passa para o ics.

Existem diversas abordagens que visam trabalhar este problema, sendo a mais eficaz a gestalt-rápida. Porém, esta forma de psicoterapia deve primar pelo fortalecimento do ego para que assim o individuo possa crescer como bem quiser. Vamos dar base ao ego para que ele possa continuar a sua vida. Se o individuo se interessar por recuperar aqueles conteúdo recalcados, aí sim ele poderia fazer um gestat-terapia profunda.

Existe ainda uma outra forma de terapia, a Humanista-cognitiva. Esta abordagem irá propor ao psicoterapeuta um olhar humanista, ou seja, ele irá ver o homem como um ser voltado à evolução e que só não está neste processo porque não possuí mais forças de ego para se desenvolver. Assim, o psicoterapeuta priorizará a atenção e o entendimento do conteúdo interno do paciente. O objetivo é se abrir para a experiência do individuo e degustá-la com cuidado. O resultado desta degustação deve ser devolvido em formas claras, organizadas (cognitivas). Devemos transformar o conteúdo emocional em palavras para dar base ao ego. Este é o principio da fenomenologia e deve sempre ser aplicado.

Outra diferença é o foco no problema em questão. Quando se consegue diagnosticar qual o problema chave do indivíduo deve-se focar neste problema e tentar entendê-lo. Quando se entede o que o individuo está vivendo, este entendimento é devolvido ao individuo de uma forma bastante organizada.

Desta forma o ego volta a se estruturar e o individuo pode voltar a sua vida normal.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mentes Ocultas

Leiam!!! Divulgação de um novo Livro!!!

Este livro relata a vida de um psicólogo em crise!!!

Comentem!!!




terça-feira, 13 de julho de 2010

Interações com Jung!!!

Bom, qualquer um que já tenha lido este blog pode perceber como eu não gosto de análise....
Não é bem assim. Eu tenho uma simpatia por Jung. Ele sempre foi um cara consciente e soube o seu lugar, nunca pretendeu abraçar o mundo com as pernas.
Lendo o seu livro "A prática da Psicoterapia" percebi muitas coisas interessantes.
Percebi que Jung escreve com verdadeira paixão sobre a alma humana. Ele provalvemente tinha como a principal atividade da sua vida o estudo da alma humana. E vc psicólogo, tem como principal atividade de sua vida o estudo da alma humana? (Eu me perguntei isto e cheguei a conclusões terríveis)
A partir desta questão cheguei a uma resposta um pouco desanimadora. "Não se pode viver de psicologia. Só se vive de dinheiro. Mas pode-se viver a psicologia se houver dinheiro."
Esta constatação me chegou com força total. Não dá para atender pensando que você precisa do dinheiro, com certeza isso irá lhe atrapalhar. Provavelmente um bom psicólogo não pode ter essa preocupação.
Isto já aconteceu comigo e cheguei a conclusão que não farei da psicologia a minha forma de "ganhar" a vida, mas farei da psicologia a minha vida, assim como era feito na faculdade.
Outras constatações:
  • Quando se interpreta a individualidade do paciente o terapeuta a mata colocando-a a nível do genérico.
Esta é uma parafrase, não copiei o texto integral. Mas a idéia é esta. Existem questões relativas ao homem que são genéricas, podemos dizer de todos. Porém, a individualidade NUNCA DEVE ser interpretada. Assim, a pessoa não se desenvolve, mas sim se perde na massa e vira um cordeiro no meio do rebanho. Não que eu faça isso, mas acredito que muitos junguianos o fazem, porém não devem ter lido este trecho do livro. A minha professora que era formada em psicoterapia junguiana (ele mesmo diz psicoterapia e não análise) nunca havia me dito isso e ainda me questionava o porquê de não interpretar. Bom, para quem também se perguntava, aí está a resposta!


terça-feira, 6 de julho de 2010

Distante!!!


"Venho me justificar pela distancia que tenho imprimido deste blog. Em alguns momentos tenho me sentido pleno, com projeto e idéias (revolução pessoal), porém em outros momentos tenho me sentido vazio e nada consigo produzir.
Destes momentos, o último me parece o mais propicio para escrever, sendo que neste momento tento me voltar para a essência e descobrir as causas do meu desalento. Assim, pouco tenho escrito, não me faz sentido escrever, mas sim sentir.
A angústia de morte é um momento que vivenciamos plenamente, pois só assim entramos realmente em contato conosco mesmo.
É difícil de explicar este sentimento, mas vamos lá. Quando se sente pleno as explicações se acabam, pois você está completo no sentido. Não é necessário nada mais, somente viver. Você apenas segue o curso natural do universo. Quando não se está uma vasta gama de possibilidades se abre ao individuo, e assim o mundo é conduzido.
Bom, este é o momento atual. Pode parecer estranho que eu tenha dito sobre a impossibilidade de escrever, e dizer que estou me sentindo pleno. Não é contraditório? Bom, este é um período de latência."
Logoterapia!!
Abraços!!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Enquadramento Analítico

Pode parecer perseguição..... Mas é apenas a constatação sequencial de fatos sobre uma mesma teoria (ahahah)...

Bom, sem falar de teorias.... Vamos falar de psicólogos...
Quando vocês entram no consultório para esperar um cliente, o que esperam que digam ou façam?
Este quadro ilustrativo mostra bem o que quero dizer...

Muitos psi.... geralmente analistas... esperam um complexo de édipo chegando.... Não importa o que a pessoa diga, o complexo de édipo pode ser encaixado no triângulo, quadrado ou circulo...

A pessoa chegou com um hexágono... a questão é fácil... elucide o fato....
Nunca se chega ao fenômeno através de análise e interpretações (me parece que também não é o objetivo);

Quando se possui um quadro deste é como se você entendesse totalmente a alma humana. Isto é arrogância e prepotência, pergutem a Quíron...

Bom, é isto, por favor, vejam o seu paciente como ele é e não como algo a ser enquadrado em sua teoria!!!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Freud - O Chutador!!!


Lhes apresentarei agora um texto interessante. Um colega meu, Écio Pereira Lelo, me contou a sua interpretação da criação da psicanálise. Eu fiz o papel de compilar os dados e transmiti-los para o papel (pc):

Primeiramente a história dos primeiros livros de Freud foi verídica. Ele realmente estudou muito e desenvolveu uma nova ciência. Isto o levou a ter seguidores e colaboradores. E assim acontecia:
 - Acredito que o aparelho psíquico pode ser dividido em tópicos. O aparelho é constituido de três sistemas, sendo eles o Cs, o Pré-Cs e o Ics - Diz Freud para os seus seguidores.
- Com certeza, óh grande mestre! - Bradam todos!
- E ainda existem outras questões a serem descobertas.
Em outro dia Otto Rank chega a Freud e lhe questiona:

- Caro mestre, o senhor nos disse dos três sistemas do aparelho psíquico, porém não entendi a questão do pré-cs. Você diz que nele existe a censura, aquela responsável pela neurose. Você poderia me explicar melhor?
- Ehhh!!! Ehhh! Bom... Então... É o seguinte... (E agora?) Bom, quando a criança chega mais ou menos aos seus, vamos ver, éh, mais ou menos os seus 5 anos, ela começa a disputar a mãe com o pai. Deste conflito surge uma estrutura chamada, éh, perái, como é mesmo?, ah!! super-ego. E é assim que acontece - responde Freud sob muito suor.
- Mas mestre eu ainda não entendi muito bem...
- Você está banido, nunca mais será um psicanalisssssttttttttaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Grita Freud com toda a força.

hahhaa!!!

Bom, segundo o nosso querido colega sargento (Écio), Freud descobriu muita coisa, mas quando perguntaram algo que não sabia, não quis ficar na ignorância e inventou um tanto, ele chutou mesmo....

terça-feira, 13 de abril de 2010

Por Psicólogos Psicólogos

Acredito já ter falado sobre isso, mas voltarei ao tema! Hoje, enquanto estudava um livro de Erich Fromm, re-re-re-avaliei a minha visão da psicanálise. Nunca havia lido algo tão interessante (em se falando de psicanálise). Já havia lido apenas um livro da Karen Horney, mas nada de psicanálise humanista. E neste texto tive a constatação de que a idéia da qual irei falar não é minha (que pena, já estava começando a me achar um gênio, fazer o quê). Ele fala da necessidade de todos os psicanalistas estarem em profundo estudo de todas as teorias psicológicas e psicanalíticas, e fazer bom uso delas. Fica claro em todo o texto que a psicologia deve ser uma ciência que evolui e que transforma as suas teorias constantemente. Tudo que é estático, ou é supremo (não queria fazer pressão "FREUD") é por definição ultrapassado e muito menos funcional.

Desta forma surgiu a psicanálise, já que nada explicava os fenômenos vistos por Freud, e desta forma surgiu a Psicologia Individual, pois Adler viu esta necessidade, e assim sucessivamente.

Hoje grandes teóricos como Ken Wilber fazem este papel, de tentar avaliar quais as formas mais positivas de se extender as potencialidades humanas.

Isto me faz pensar que psicólogos devam ser psicólogos no sentido exato do termo. Um ser que ESTUDA a mente ou alma humana. O que eu vejo na prática são técnicos em psicoterapia, formados tanto por Universidades em nível de graduação como em nível de pós-graduação.

Os referidos indivíduos almejam somente conseguir um conhecimento técnico para empregá-lo posteriormente em suas profissões e dali obter algum lucro. Me desculpem, mas isto não é ser psicólogo ou psicoterapeuta. No máximo são profissionais com ensino técnico e ineficientes, já que nenhum seguidor consegue entender o criador!

Faço a vós um apelo, sejamos psicólogos todos, não vamos jogar o nome de nossa profissão no lixo. Não basta crer que a apostila que vocês recebem no curso encerra a realidade clinica de seu paciente.

Ah! Não se preocupem, eu leio algo do tipo todo dia para me lembrar do mesmo. Estes cursinhos são tentadores, mas estou lutando contra a tentação e utilizando um recurso interessante: acredito haver um instinto que leve a uma sede de saber relativo à alma humana, então eu o estimulo (apesar de ser redundante).

sábado, 13 de março de 2010

Influenciar ou não Influenciar, eis a questão!!!

Em um WorkShop feito em Esalen fizeram a seguinte pergunta a Fritz:
P: Dr. Perls, quando o senhor estava formulando e experienciando o que veio a ser a Gestalt-Terapia, eu quero ter certeza, eu quero ouvir o senhor dizer, parece que é um processo de descoberta. Mesmo assim, eu acho que as pessoas podem dar um jeito de se adaptar às expectativas do terapeuta; por exemplo, eu aqui sentado vejo uma pessoa depois da outra ter uma polaridade, um conflito de forças, e eu acho que também consigo. Mas eu não sei até que ponto seria algo espontâneo, embora eu ache que sentiria que é espontâneo. O senhor experiencia pessoas há muito tempo. nós estamos nos adaptando ao senhor, ou o senhor nos descobriu?

F: Não sei. Toda a minha definição de aprendizagem é que aprender é descobrir que algo é possível, e se eu os tiver ajudado a descobrir que é possível resolver uma quantidade de conflitos internos, conseguir um armistício na guerra civil dentro de nós mesmos, então teremos conseguido algo.

Eu li o livro em que este trecho se encontra à 2 anos. Hoje voltei a lê-lo. Somente hoje esta passagem se fez presente para mim, pois antes esta era uma questão indiferente. De certa forma somos aliciados (terapeutas existenciais) a nunca influenciar. O indivíduo deve escolher. É lógico que já se conta com um certo nível de influência dentro de um setting terapêutico, porém (pelo menos em minha vivência), sempre sentir uma pressão muito grande para que a descoberta fosse somente do cliente, que eu não a alterasse. Isto eu entendo, no entanto sei que a minha influência pode ser positiva ou negativa, sendo assim, como diz Fritz: "...se os tiver ajudado a descobrir que é possível resolver ... conflito internos..." terei conseguido algo.

Ah! Descobri (então) o que é ser psicoterapeuta!

quinta-feira, 11 de março de 2010

What's the point?

O que te leva a ser um psicoterapeuta-psicólogo?
O que leva alguém a ser psicoterapeuta?
O que leva alguém a ser psicólogo?

Bom, particularmente somente questiono a mim. As vezes me pego em meio a estes questionamentos, os quais neste momento são a minha vida, posto que a eles direciono toda a minha energia. Enquanto escrevo muitas letras passam em meu complexo neuronal, porém poucas se fixam e algumas vão formando palavras e frases. Esperava que quando começasse a escrever algo fizesse sentido, porém apenas faz na semântica.

Não escolhi fazer psicologia conscientemente, eu queria fazer filosofia. Mas todos me desacreditavam, então um dia disseram, faça psicologia. E no teste da revista deu psicologia. A partir daí eu fiz psicologia, o curso. Mas não me tornei psicoterapeuta-psicólogo assim. 

Durante 90% do meu estágio eu fui apenas um estudante de psicologia, e não um psicólogo. Porém, no último mês de faculdade eu comecei a questionar o tal do "Rogers" (que até então figurava como Deus em meu mundo pessoal). Aí, nasci como psicólogo, ou seja um estudioso dos processos psíquicos. Nenhum segui-dor pode ser tão bom, a dor tem de ser nossa para sabermos (eu sei que é masturbação mental, mas foi natural, aconteceu, então esta aí! e porque eu estou me explicando?). Ninguém que segue aprende ou cria. Desisti de seguir e passei a estudar. 

Estudei todos os meus pacientes, estudava (e estudo) suas reações em relação às minhas intervenções, em relação à minha postura. Eu sentia o ambiente, as conexões faziam sentido, não apenas eram repetidas. Não era mais o caso de saber se eu devia reiterar ou não, eu apenas sabia que eu devia reiterar pois isto faria bem. Aos finais eu anotava o que tinha aprendido. Algumas coisas eu mudava, atualizava, lia outros autores e associava idéias. Em grande parte eu via que Rogers estava certo. Mas agora EU sabia, não apenas lia, copiava, fazia, e esperava a minha supervisora corrigir, eu era uma parte ativa do processo.

Bom, este foi o primeiro caminho, após isto eu conheci mais profundamente Fritz, a Gestalt, o Zen, Frankl, e outros. Quando digo profundamente quero dizer que fui psicólogo em relação à eles, e não um mero seguidor.

Não quero dizer que crio teorias, apenas que analiso-as de igual para igual, me sinto capaz de julgar as intervenções de grandes teóricos sem torná-los Deuses.

A segunda fase, como descrever um psicoterapeuta, e por quer ser um?
O que determina ser psicoterapeuta? É aquele que se PRÉ-ocupa do indivíduo? É aquele que se importa? É aquele que quer trazer ao individuo o bem-estar? Para estas perguntas não tenho respostas. Poucos teóricos para mim se mostram importar com a pessoa que estão tratando. Todos parecem ser estudiosos da psique, porém poucos parecem ser psicoterapeutas. Bom, sem querer respondi a minha pergunta. Realmente penso que o psicoterapeuta é aquele que almeja levar o seu cliente-paciente a uma vivência mais consciente, ou à uma vivência mais plena, ou ainda ajudá-lo apenas a se entender. Não sei se já me tornei um psicoterapeuta. Acho que estou no processo. Mas sinceramente, vejo que poucos são. Acredito que a faculdade promova no SER-PSICÓLOGO um distanciamento desta realidade humana. Nós nos distanciamos para entender. Mas como diria Jung, isto é impossível, pois o nosso objeto de estudo somos nós mesmo.

Termino minhas considerações mais confuso do que iniciei. Sei que sou psicólogo, sei que não sou ainda psicoterapeuta, sei que muitos não são, mas não sei o que devo ser!!!!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Estatísticas!!!!

A probabilidade de se enlouquecer, em um mundo que é só seu, e em que somente você não se entende, é de 2 para 1.

Muito me interessa esta estatística, pois se é meu mundo, tenho que mantê-lo em ordem, e se não conseguir, quem perde ou ganha não é ninguém.

Neste meu mundo não sou solitário, apenas sozinho. Não faço e desfaço, pois posso bagunçar tudo.

Ninguém me conhece aqui neste mundo. Nos outros também não, já que este é o verdadeiro.

Das infinitas possibilidades que este mundo me preserva, de todas, a única que exerço é a de me abster.

Isto mesmo, vou me abster e me adentrar em outro, pois o meu mundo é cansativo.

Vou dizer a verdade, se a estatística prova que a probabilidade de enlouquecer é de 2 para 1, aqui é de 2 para 3. É sério, neste momento em que aqui estou, já acho que estou do 2 para 1 e 1/2.

E se acaso eu enlouquecer, serei feliz?

Mas também, só enlouqueço se não for satisfatória a sanidade.

Me perdi nos mundos meus e não meus.

Já não sei mais o que sou.

Que bom, pois saber quem sou me deixa muito cônscio de mim. 
Epa! Ato falho de louco!!!!

Presentificação da teoria Rogeriana!!!!

Quando eu estudava criei um esquema para entender mais fácil a "reiteração", a "reflexão de sentimento" e a "elucidação" em Rogers. É mais ou menos assim:

Todo cliente tem de ser visto como uma cidade em blackout. Ele não consegue enxergar nada, está tudo escuro e muitas vezes tromba em coisas. Então, ele liga para um psicólogo, o profissional que irá lhe ajudar a conhecer o lugar por onde está andando.

Através da "reiteração" o psicólogo irá iluminar o caminho do cliente com uma lanterna. Mas antes, o paciente deve dizer por onde estou passando. Ex:

"Eu estou em um lugar escuro"
"Então você está vendo tudo escuro"

O que o psicólogo fez foi iluminar o caminho pelo qual o paciente já havia passado. Logo após o psicólogo irá acender luzes de postes (Reflexão de Sentimento). Lógico, antes o cliente deve conhecer bem a rua, até porque, se não conhecesse a ligação da luz seria inviável. Ex:

"Toda essa escuridão me faz lembrar de minha infância. Nunca ninguém ficava comigo. Tinha muitas pessoas na casa, porém nenhuma comigo. Eu ficava em um quarto escuro."
"Você se sentia sozinha em sua infância"

E por último, mas muito raramente, o psicólogo pode ajudar o paciente a reforçar a luz, quando o conteúdo ainda não está tão manifesto. Ou seja, a pessoa já falou do seu problema, mas não o percebeu. Nesta hora o terapeuta fará a Elucidação. Ex:

"Toda essa escuridão me faz lembrar de minha infância. Nunca ninguém ficava comigo. Tinha muitas pessoas na casa, porém nenhuma comigo. Eu ficava em um quarto escuro."
"Você se sentia sozinha em sua infância. Me parece que você se sente sozinha agora também"

Gosto desta relação porque a cidade nunca estará inteiramente iluminada. No entanto, o psicólogo ajuda a pessoa a iluminar os pontos em que ela está trombando, tornando a passagem mais livre. Outra relação a ser feita é a da consciência intencional, o indivíduo apenas irá enxergar um foco iluminado, nunca a cidade inteira.

É isso, realmente é um esquema tosco, mas me ajudou muito a entender o que Rogers queria, deixar aqueles escritos metódicos e me aprofundar na terapia em si.

A pergunta em psicoterapia!!!

             A visão popular do psicólogo é a de um pesquisador, de alguém que se senta em uma poltrona, faz perguntas, anota respostas e logo após faz uma interpretação daquilo que foi dito.
Muitos psicólogos ficam em dúvida com relação à "pergunta" em psicoterapia, não psicanalistas ou behavioristas, mas psicólogos existenciais. "Como se faz uma pergunta" "Pode perguntar?" "Rogers perguntava?" "Usa-se o porquê?"
Como eterno estudante desta ciência eu lhes faço uma pergunta: qual o motivo de se perguntar "isto" ou "aquilo"? Se a resposta for "para saber se é verdade", ou, "para aprofundar mais", eu diria: não pergunte! O único motivo plausível, na minha opinião, para se perguntar é dar sequência à idéia do individuo. Assim, como diria Cancello, seguimos o fio das palavras. 
As perguntas em uma psicoterapia, quando bem feitas, levam o individuo a fazer contato com seu sentimento. Quando uma pergunta leva à reflexão, o individuo pode devanear no que quiser. Acredito que a única verdade em psicoterapia é o sentimento.
Então, aquele que pergunta visando uma resposta irá fatalmente matar a terapia e levar à masturbação mental.
Por exemplo, sempre que se pergunta "por que você fez isso?", o psicoterapeuta já espera alguma resposta e se não ouve o que quer pergunta de outra forma. Segue este caminho até ouvir o que quer, geralmente este psicólogo irá dizer: "Sabia que era Édipo". E se não consegue: "Isto é resistência".
O Psicólogo apenas deve facilitar ao cliente o conhecimento de si mesmo, assim, o cliente poderá fazer-se com maior facilidade. Então, qual seria a importância da pergunta. Nenhuma, nada "deve" em uma psicoterapia, quase tudo pode. O psicoterapeuta pode perguntar, desde que esta pergunta não deva ser respondida. 
 

 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sorte ou Azar?

Sorte ou azar existem???
Falamos muito sobre liberdade e sobre escolhas.
Alguns falam que o termo certo é faticidade. Mas o que é isso?
Nós escolhemos ou não? Ou escolhemos dentro da possibilidade?
Realmente é difícil aceitar a condição humana.
Um dia eu estou escrevendo sobre liberdade, outro sobre angústia e outro sobre aceitar. 
E no fim, parece que nunca aceitamos nada. Outras vezes eu quero culpar alguém. Mas a quem? A DEUS??? Hahahah!!!!
Realmente não sei, e não saber é terrível. Por isso é fácil ser ignorante, vou voltar ao meu beco procurar um pouco de ignorância na televisão e no orkut.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Por uma PSICOLOGIA MUITO MAIS HUMANA"

Existe uma discussão entre os psicólogos existencialista sobre qual o dever da terapia. Acredito que no pouco contato que tive com estes é quase um consenso a atitude de levar o paciente a uma vida mais autêntica. Lógico que com o objetivo de que ele faça suas escolhas. Mas isto é possível? Acredito que todo psicólogo humanista ou existencialista tenha como objetivo, previamente estabelecido, pelo menos levar o seu cliente a uma existência mais plena.
Isto é quase um preconceito. O paciente ou cliente nunca quer isto. Se este chega ao consultório com queixa de impotência ele não quer saber o porque disto, ou se isto tem algo a ver com seu passado, ele quer apenas resolver o problema.
É lógico que um terapia nunca acaba, nunca seremos completos. Mas isto não quer dizer que o seu cliente deva fazer terapia por toda uma vida, o que é o ponto de orgulho de muitos psicólogos, os quais levaram seus pacientes a isto. É muito fácil em uma relação de transferência levar um paciente a acreditar que não está bem para a vida. Não digo que os psicólogos o façam deliberadamente. Somente que eles o fazem.
Voto por uma psicologia muito mais humana, em que daríamos maior valor para a opinião do paciente, ou como diria Rogers “se você teve a coragem de começar uma terapia eu confio na sua capacidade de decidir quando parar”.