O Beco

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Por uma PSICOLOGIA MUITO MAIS HUMANA"

Existe uma discussão entre os psicólogos existencialista sobre qual o dever da terapia. Acredito que no pouco contato que tive com estes é quase um consenso a atitude de levar o paciente a uma vida mais autêntica. Lógico que com o objetivo de que ele faça suas escolhas. Mas isto é possível? Acredito que todo psicólogo humanista ou existencialista tenha como objetivo, previamente estabelecido, pelo menos levar o seu cliente a uma existência mais plena.
Isto é quase um preconceito. O paciente ou cliente nunca quer isto. Se este chega ao consultório com queixa de impotência ele não quer saber o porque disto, ou se isto tem algo a ver com seu passado, ele quer apenas resolver o problema.
É lógico que um terapia nunca acaba, nunca seremos completos. Mas isto não quer dizer que o seu cliente deva fazer terapia por toda uma vida, o que é o ponto de orgulho de muitos psicólogos, os quais levaram seus pacientes a isto. É muito fácil em uma relação de transferência levar um paciente a acreditar que não está bem para a vida. Não digo que os psicólogos o façam deliberadamente. Somente que eles o fazem.
Voto por uma psicologia muito mais humana, em que daríamos maior valor para a opinião do paciente, ou como diria Rogers “se você teve a coragem de começar uma terapia eu confio na sua capacidade de decidir quando parar”.