O Beco

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ser e Estar

Sei que muitos já dissertaram sobre o Ser e o Estar. Vou falar de uma experiência que tive ao ler o livro Gestalt-Terapia, do Pearls. Ele fala sobre a vivência inautêntica, de como aceitamos o social como sendo o nosso eu. Bom nós nunca somos. Em todos os momentos estamos. Por exemplo: não sou psicólogo, estou psicólogo; não sou Felipe, estou Felipe.
A consciência se define pelo fato de o foco estar em algo, ela é intencional. Então, apenas estamos algo, ou de alguma forma, em algum momento, ou em todos os momentos. Para "ser", teríamos que ser completos, acabados, e isso nem com a morte conseguimos. Teríamos de ser nada o tempo inteiro. A única possibilidade de "ser" e não apenas "estar" é Deus, não este que aprendemos na igreja, mas um quantum, ou total de conhecimento, saber, melhor dizendo, um tudo, o tudo. Este é e não apenas está. O tudo é o tempo inteiro, aí não falamos mais de tempo, pois o que "é" não se vale do tempo, para ele o infinito é o tempo.
"Estamos" o tempo inteiro e este estar é presente. Não existe o passado ou o futuro, apenas nostalgia e expectativas.
"Estar" é complicado, cansativo, chato, mas proporciona em alguns momentos prazeres impossíveis de se mensurar. Que pena que Deuses não podem tê-los. Talvez seja desta feita a guerra dos Deuses com os homens.

Prefiro então "estar" sofrendo do que não saber que "sou"!

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